COLONIZAÇÃO
A colonização do Continente foi iniciada no século XVI. Essa colonização não foi efetiva, no sentido de que não havia a interiorização no continente. Todo o contato era litorâneo, baseado principalmente no comércio para abastecimento de suprimentos de viagem. Nos séculos XVII e XVIII, o comércio intensificou-se principalmente pela presença de um grande produto de aceitação no mercado internacional o escravo negro. O escravo negro foi o principal “produto” comercial nesses séculos, impulsionando um forte comércio entre a África e as Américas. Nesses séculos também não houve uma colonização efetiva, visto que os negros eram capturados nas tribos por traficantes e trazidos para o litoral para serem comercializados.
O século XIX iniciou com a entrada em vigor da lei Bill Aberden. Essa lei inglesa determinava o fim do tráfico de escravos, ou seja, qualquer navio que transportasse escravos poderia ser afundado. Essa lei, associada à abolição da escravatura nos países americanos, impulsionou o crescimento populacional na África que até aquele momento era bastante reduzido. Em 1884 foi realizada a Conferência de Berlim. Nessa conferência os países da Europa traçaram suas áreas de influência dentro da África.
DESCOLONIZAÇÃO
A maioria dos países africanos obteve sua independência após a II Guerra Mundial, destacando-se a década de 1960. Contudo, o processo de colonização foi marcado pela criação de fronteiras artificiais e essas por sua vez não levaram em consideração as diferenças étnicas e históricas, inserindo no mesmo país grupos e tribos inimigas, impossibilitando a formação de uma nação plena. Embora tenham adquirido a independência política, esses países não conseguiram implantar com sucesso o princípio da autodeterminação (governados por si só), pois, historicamente foram explorados e a dependência econômica se fez presente como forma de dominação. Para piorar a situação, a nova geopolítica mundial foi marcada pelo desenvolvimento de duas grandes potências (Guerra Fria). Esses países se mostraram presentes no Continente africano, influenciando nas políticas, fornecendo armas e financiando conflitos internos.
Com o fim da Guerra Fria, a ajuda externa foi minimizada, entretanto, o quadro de miséria econômica, social e político que aflorava na região era imenso. O Continente apresenta milhares de pessoas morrendo de fome, sede e de doenças endêmicas, uma dívida altíssima, sem perspectiva de pagamento. Faltam recursos básicos para a população, existe uma quantidade enorme de campos de refugiados, pois vários países ainda estão em guerra civil. A África agoniza em sua própria miséria e os países e organismos internacionais apenas realizam política assistencialistas, que nada resolvem a problemática histórica de desenvolvimento que aflige a região.
DIVISÃO ÉTNICA DA ÁFRICA
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